A Lei de Bases da Saúde em post de facebook




Podem-se fazer operações de maquilhagem e pode-se fazer apelo ao clubismo de quem nunca quer perceber nada porque lhe basta sempre  apoiar o 'chefe' da ocasião mas a realidade não deixa, por isso, de ser cruel:

  • António Arnaut e João Semedo, pouco antes de morrerem, fizeram um projeto de Lei para salvar o SNS  onde, entre outras medidas, defendem a gestão exclusivamente pública do SNS.
  • António Arnaut e João Semedo ofereceram esse seu trabalho aos respetivos Partidos: PS e BE.
  • António Costa prometeu a António Arnaut, aquando da sua morte, que iria defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS)
  • O BE adotou o projeto Arnaut/Semedo e apresentou-o como proposta sua na AR.
  • O PS, pela mão do seu ministro Adalberto, encomendou um outro projeto a Maria de Belém.
  • Maria de Belém foi, em primeiro lugar, apresentar o seu projeto a Marcelo Rebelo de Sousa que o elogiou.
  • O ministro Adalberto é demitido e é nomeada a ministra Marta Temido que refaz o projeto de Lei  para grande indignação de Maria de Belém e de Adalberto e passando a ter contra si uma feroz campanha mediática.
  • O projeto de Maria de Belém era "tão bom" que a direita (CDS e PSD) adotou-o como seu e, no essencial, incluiu-o nas suas propostas na AR.
  • O PCP apresentou um projeto elogiado à esquerda.
  • O Governo apresentou um  projeto que mereceu concordância geral à esquerda (PCP e BE)
  • Marcelo Rebelo de Sousa veio ameaçar com o veto se a Lei não tivesse o consenso do PSD. 
  • António Costa garantiu na AR que ía haver uma Lei de Bases da Saúde "à esquerda".
  • Houve negociações frutuosas entre os Partidos da esquerda  e o BE até anunciou ter havido acordo.
  • O Grupo Parlamentar do PS introduziu alterações no projeto do Governo que a esquerda (PCP e BE) não aceitou nomeadamente a possibilidade da gestão do setor público (SNS) ser entregues aos grandes grupos privados (as PPP).
  • O Grupo Parlamentar do PS fez chantagem dizendo que ou aceitavam as PPP ou não haveria nova Lei de Bases ao que o BE respondeu propondo que seja aprovada a Lei de Bases deixando a questão das PPP para ser decidida na próxima legislatura.
  • António Costa tentou minimizar a questão dizendo que as PPP são apenas uma árvore na floresta ao que Jerónimo de Sousa respondeu lembrando-lhe que numa floresta qualquer acácia rapidamente se transforma numa praga destruidora.
  • O Grupo Parlamentar do PS dedicou-se com afinco a atacar a esquerda e anunciou que iria negociar a Lei de Bases com o PSD.
  • Rui Rio acabou por responder que o PSD não é muleta da Geringonça e recusou negociar com o PS.
  • Agora (dia 2 de julho) o PS apela `aos Partidos de esquerda para que retomem negociações e insiste nas PPP.

Enquanto alguns (sobretudo da direita mas não só)  se afadigam  a defender na comunicação social que há muita coisa importante na saúde (e até na Lei de Bases) mas que as PPP pouco importam e são apenas "uma questão ideológica" o Presidente do Grupo Parlamentar do PS (Carlos César) ataca os Partidos à esquerda e defende que o que é preciso é uma maioria absoluta para o PS.

E....(quem adivinha o que se vai seguir ?)







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